terça-feira, 14 de julho de 2009

Abre hoje edição 2009 da FIL

Estava eu em casa a almoçar e a ver noticiário da TPA, que é de hábito e de muitas notícias que foram passando, e a manchete do dia é sem duvida a abertura da 26ª edição da Feira Internacional de Luanda (Fil). A notícia desenrolava-se pela inauguração e segundo a noticia “a organização, espera que este ano a feira receba, durante seis dias de exposição, mais de 30 mil visitantes”, e a pivot do Noticiário chama um repórter em directo que estava na FIL, o repórter vai falando sobre a abertura e de repente chama para conversa o por ta voz da FIL, e para o meu espanto o porta voz da 26º da FIL é um brasileiro. Não tenho nada contra qualquer nacionalidade, mas é uma vergonha até mesmo uma questão de estratégia de comunicação, num evento desta dimensão, que existe anualmente, desde 1983, com a função também é vender a imagem positiva do país, não é uma boa opção que seja um estrangeiro o porta-voz, dando assim um certificado de incompetência a organização e aos profissionais de comunicação do país. E segundo o presidente a organização o lema deste ano é "Os desafios do agro-negócio em Angola", a escolha do tema resulta da necessidade de incentivar a produção nacional e a sua diversificação. E o porta-voz é um estrangeiro para falar sobre o "Os desafios do agro-negócio em Angola", desde modo, não chagamos lá. A feira, que vai de decorrer de 14 a 19 deste mês, este ano 28 empresas e 680 expositores vão participar de Países como: Cuba, Portugal, Brasil, Alemanha, Espanha, África do Sul, Namíbia, Ghana, Alemanha, Uruguay, França, China, Países Baixos, Paquistão, Egipto, com destaque para o regresso da Suécia e a estreia dos Emirados Árabes Unidos.

Dia Mundial do Rock


Ontem, foi comemorado dia mundial do rock, e o que me chamou a atenção foi a iniciativa da rádio local FM Estéreo 96.5 FM, que fez 24horas, só com Rock passando de Elvis Presley a Coldplay. Foi uma boa iniciativa, e espero que não fiquei só pelo rock, mas sim por outros ritmos também. Já que eles são uma rádio 100 % musical.

O dia do rock começou a ser festejado a partir de 1985, quando Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objectivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objectivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.

Desde então o dia 13 de Julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Emoção no Memorial de Michael Jackson

Ontem a noite tive a acompanhar via televisão a cerimônia pública do adeus a Michael Jackson, no ginásio Staples Center, em Los Angeles, e foi com uma tristeza, de ser ver, mas ao mesmo tempo uma alegria, pelas homenagens que lhe foram feitas e pela pessoa que era ele.
Mas nisto tudo ressalta-me uma nova expressão “Showneral”. Foi assim que muitas cadeias televisivas chamaram o Memorial (funeral) de Michael Jackson. O “Showneral” de Michael Jackson, bate recorde na internet, alias que minha opinião já era de se esperar, ontem mesmo cá em Luanda a partir das 18h, senti a cidade mas calma, porque muitas pessoas como eu queria ver como seria o Memorial, que teve uma plateia de cerca de 18 mil entre, fãs, amigos, representantes da música pop, estrelas do desporto e líderes religiosos, para alem das milhares como eu que acompanhavam pela televisão. Na minha opinião o mundo da música a partir de agora, será definido como antes do Thriller e depois da morte de Michael Jackson.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Yuri da Cunha arrasa no Coliseu dos Recreios


Depois de alguns dias, sem escrever, cá estou de volta para dar mais uma dica. Sobre o espectáculo do Yuri da Cunha no Coliseu dos recreios em Lisboa, que aconteceu no passado sábado dia 04 de Julho, que tive a possibilidade de assistir. Como é normal nos shows de Angolanos, o espectáculo estava marcado para as 21h e só começou as 22h. Mas antes do Yuri da Cunha subir ao palco, o púbico já pulava ao som do Dj Malvado, que passava alguns hits de Kuduro e outras músicas da terra.

De seguida, viram-se uns vídeos com algumas homenagens, e para abrir, o famoso vídeo do Presidente Drº Agostinho Neto proclamando a independência do país, a anteceder ao do Presidente Engº José Eduardo dos Santos, num dos seus discursos onde abordava o comportamento da juventude. De seguida Teta Lando, Man Ré e por fim Bonga que deixava uma mensagem directa ao Yuri da cunha.

“Angolano segue em frente” de Teta Lando numa grande interpretação, foi o pontapé de saída e foi ilustrado por 3 crianças das 3 raças em referência na música coadjuvados pela dança dos Kilandukilu.

O show seguiu com o Yuri a com um mix entre a música “homem é bom quando tem dinheir” e “makumba” e por aí foi-se desenrolando o show com os sucessos dos seus álbums.
Do que me deu a ver, achei o seguinte:

Duetos


Heavy C – mais leve do que nunca, cantou “ppp” um pouco desafinado (minha opinião), além de cantarem juntos o novo sucesso de Heavy C “vai para tua mãe”.

Nelma Patrícia –voz bonita, interpretou com o Yuri “Patrão”.

Matias Damásio – Descontraído, cantou em “Belina” e ainda “Porque” que contou ainda com a participação de uma cantora Cubana.

Anselmo Ralf – a surpresa da noite, sem deixar de lado o seu estilo cantou com o Yuri o semba “kiene kia tuxinde” numa excelente interpretação, para um músico que canta Warrant B, e sem deixar de “assumir barrulho”pondo as raparigas eufóricas.

Paulo Flores – bastante emocionado, cantou com o Yuri “20 anos” e de seguida outro dueto de sucesso de David Zé “rumba nza tukiné”.

Big Nelo - elegante como sempre, cantaram “karga” provando que também sabe cantar com banda.

Puto Lílas – grande homenagem ao Kuduro da actualidade.

Sebem – A “ejaculação precoce” em pessoa. Fez uma grande entrada com a música “coveiro filipado” com direito a caixão e coveiros em palco, e um show de pirotecnia do homem que sai do cachão. Cantou a “felicidade” e depois disso limitou-se a uma actuação fraca.

Participações

Pedro Nzagi – Foi o apresentador do show e ainda fez uma perninha em “Billie Jean” na homenagem do Yuri ao malogrado Michael Jackson.

Tuneza Teatro – Gilmar e Costa, arrasaram com a figura de Ti Martins, que saem do público, para o palco fazendo todo mundo rir com as suas estigas e dikas.

Calado Show – grande show de dança kizomba com a sua companheira, na música “miúda Lena”.

Ballet Tradicional Kilandukilu – Na abertura do show, fazendo jus a nossa cultura.

Produção


Palco – grande, mas simples e com algumas barras de ledes coloridos, dando um contraste forte com o preto do chão do palco.

Som – simplesmente espectacular.

Luz – a alma do espectáculo.

Indumentaria – o Yuri já nós habituou a grandes trajes. Mas fiquei surpreendido pela positiva, pela harmonia da indumentária, tanto como os músicos da banda e mesmo os bailarinos.

Aliás é um grande deficet nos espectáculos dos músicos angolanos, a qualidade da indumentária, na perspectiva das cores e o tipo que traje que apresentam em palco, deixando muito a desejar.

Para além destes itens, o Yuri ainda homenageou o Bonga, o nosso Carnaval, mas na minha opinião faltou uma música que pudesse homenagear os Palop que estava lá representado, como se sentiu, quando o Yuri foi chamando por cada um desses países.

Concluindo, foi um espectáculo de categoria que foi assistido por certa de 4500 pessoas e em breve, poderão ver em DVD numa produção que em nada tem a haver com algumas produções feitas por nós. Palco apenas para os músicos sem outras pessoas e palco, sendo o palco simplesmente para músicos e artistas e mais nada. Aliás o Yuri com este espectáculo, realizou o sonho de muitos músicos angolanos que é o de actuar no Coliseu dos Recreios.

Alguma biografia


Yuri da Cunha iniciou-se na sua infância, assistindo aos ensaios do conjunto "Os Kwanzas", onde o seu pai, Henrique da Cunha "Riquito", era um exímio guitarrista. Mais tarde em Luanda, no bairro Rocha Pinto, em companhia dos seus primos e irmãos (actualmente ligados à música) foi aperfeiçoando técnicas de voz e interpretação com o professor Manuel Costa "Makanha".
Em 1994, inscreve-se nos concursos de música infantil da Rádio Nacional de Angola (RNA) e destacou-se naqueles concursos com a canção o "Amigo", da autoria do professor "Makanha", tendo vencido o prémio de melhor canção infantil. Daí para a fama foi um curto passo.
Em 1996 seguiu para Lisboa (Portugal), onde gravou o seu primeiro trabalho discográfico intitulado "É tudo Amor", nos estúdios da produtora Valentim de Carvalho. Nesse ano arrebatou o prémio da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) para o melhor vídeo clip e de melhor música do ano dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) na Holanda.

O lançamento do seu segundo disco intitulado "Eu", em Janeiro de 2005, permitiu-lhe confirmar o sucesso de temas que o colocaram na ribalta do music hall angolano No disco "Eu", Yuri da Cunha apresenta treze temas em estilos como o semba, rumba e kizomba , cantados em português e kimbundo, dos quais as músicas “Homem é bom”,” Njila”,” Simão”, “Kalundu” e “Está doer” foram grandes sucessos na rádio e discotecas, atingindo vendas muito significativas. “Eu” venceu o “TOP RÁDIO LUANDA 2006” nas categorias de disco do ano, melhor produção discográfica , melhor semba e melhor kizomba 2006 e ficou em segundo lugar no TOP DOS MAIS QUERIDOS realizado pela Rádio Nacional de Angola.

O seu talento e versatilidade, dá-lhe um campo de actuação muito alargado, uma vez que canta com grande propriedade estilos diferentes. "Kuma Kwa Kie", terceiro disco de Yuri da Cunha, comporta 13 músicas, gravadas em Angola, Portugal e França. O álbum contou com a participação inédita do falecido músico folclórico Man-Ré e de Gabriel Tchiema, convidados para interpretar alguns temas.

Na produção, contou com a colaboração de Carlitos Chiemba, Lito Graça, Quintino, Heavy C, Hélio Cruz e Pitchou, e conta com temas na linha melódica do semba, kizomba e kintuene numa grande fusão musical.

“Kuma Kwa Kié “ tornou-se rapidamente no álbum mais vendido em Angola tendo vendido mais de vinte mil cópias vendidas num só dia.

Ganhando cada vez mais maturidade e experiência internacional participou no Festival África Day em Joanesburgo, onde foi considerado um dos melhores momentos do evento tendo merecido honras de capa pelo jornal City Press no dia seguinte.

Em 2009 deslocou-se ao Carnaval da Bahia – Brasil onde teve a oportunidade de partilhar o palco com Daniela Mercury, tendo participado no desfile com um trio eléctrico seu, onde pôde mostrar a força universal do ritmo do Kuduro. O site da Globo.com considerou-o um dos dez melhores de todo o carnaval.

Hoje Yuri da cunha é considerado cantor do mundo com um rebolar da cintura único, que faz delirar gente de todas as idades.